Como recuperar um corpo magro e definido depois da gravidez
17:55
Ser mãe é um prazer, mas
também uma grande missão. Missão ainda maior quando além de cuidar do filhos,
você ainda tem que batalhar para recuperar a boa forma depois da gravidez.
E é possível recuperar?
Claro que sim, mas é preciso antes de mais nada ter paciência, não fazer de
qualquer jeito.
Você já deve ter visto
celebridades fitness, atrizes e outras famosas que saíram exibindo forma física
incrível logo após darem à luz. Mas, claro, esse não é o padrão. Para a maioria
das mulheres, voltar à boa forma é algo que leva tempo e exige dedicação.
Além disso, mais do que
nunca – pelo fato de estar amamentando – é preciso ter cuidado redobrado com o
treino, com a alimentação e a suplementação.
Mesmo assim, é totalmente
possível voltar à boa forma de antes depois da gravidez. E é para chegar lá que
nós separamos algumas dicas.
A dieta
As primeiras refeições
após o parto são leves e normalmente são feitas no hospital.
Entretanto, quando a
mulher recebe alta, normalmente fica perdida em relação ao que pode ou não
comer.
A alimentação da mãe
sempre prioriza a saúde e bem-estar do bebê até pelo menos 6 meses, pois neste
período os bebês geralmente recebem alimentação exclusiva de leite materno.
Alguns alimentos, como o
feijão, o chocolate, podem provocar cólicas no bebê, portanto devem ser
evitados.
Outros alimentos ajudam na
recuperação da cesárea, como os alimentos ricos em Cálcio, Ferro, colágeno para
uma boa cicatrização.
Além disso, a hidratação é
fundamental, tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Mas, apesar do bebê ser a
prioridade, muitas mulheres querem voltar logo ao seu peso habitual.
Essa perda de peso ocorre
de forma lenta e é normal, mas manter uma alimentação equilibrada é fundamental
para que o emagrecimento se inicie, além de ser mais saudável para o bebê.
Como a prioridade é a
nutrição do filho, não tem como fazer uma grande restrição calórica até que ele
receba alimentação complementar. Assim a mulher deve focar na qualidade da
alimentação.
O ideal é que as refeições
sejam leves e compostas por alimentos naturais, como legumes, verduras, sopas
de legumes.
Carnes magras como frango,
peixe, patinho e carboidratos de baixo índice glicêmico, como arroz integral,
batata doce, entre outros alimentos, também são indicados.
Além disso, para um
emagrecimento mais efetivo, a mulher não deve consumir alimentos
ultraprocessados, pois esses são cheios de calorias, açúcares e sódio.
Por exemplo, as mulheres
devem excluir da alimentação os sucos artificiais, refrigerantes e outras bebidas
industrializadas, bolachas recheadas, salgadinhos, etc.
Todas as refeições devem
conter alimentos fonte de carboidratos, proteínas e gorduras boas, como azeite,
abacate, castanhas, entre outros.
Já as frituras devem ser
dispensadas, uma vez que aumentam a quantidade de calorias dos alimentos, além
de fazerem mal à saúde.
É claro que a refeição
deve respeitar acima de tudo as intolerâncias do bebê.
O treino
É um pouco “mais fácil”
para uma mãe que já treinava recuperar a boa forma que para uma mãe que nunca
treinou.
Inclusive, é até melhor
para o bebê, uma vez que ter uma vida mais saudável, de atividades físicas pode
evitar doenças como hipertensão, diabetes e obesidade.
Entretanto, treinando ou
não, é após o parto que as mães ficam mais “encucadas” com o corpo, com as
mudanças.
O problema é conciliar
esta vontade de treinar, recuperar a forma, com cuidar do filho, ter a
liberação do médico. Como foi o caso da atleta Rafa Rodrigues, por
exemplo.
“A maior dificuldade para
mim foi ter com quem deixar o bebê. Treinar eu treinava desde os 15 anos, mas
um pouco antes da gravidez eu fiquei sem treinar e estava acima do peso”.
É uma junção de fatores
extremamente importante, pois nada pode ser feito sem planejamento.
Tem que preservar o seu
bem-estar e, principalmente, o do bebê.
Retomando
os exercícios
Antes de mais nada, é
fundamental que a mamãe seja liberada para retomar os exercícios
físicos. Mas isso depende muito do estado de pré parto da mulher.
Se a nova mamãe era uma
esportista ativa, sua volta é bem mais rápida do que uma mulher que tenha
alguma morbidade como hipertensão por exemplo.
Gestações tranquilas e sem
complicações tem retorno rápido as atividades.
E lógico que a forma como acontece o parto é motivo de aguardar mais ou menos dias pelo retorno aos treinos. Partos normais são mais naturais e a mãe no dia seguinte está apta a já carregar o bebê e fazer atividades da vida cotidiana.
E lógico que a forma como acontece o parto é motivo de aguardar mais ou menos dias pelo retorno aos treinos. Partos normais são mais naturais e a mãe no dia seguinte está apta a já carregar o bebê e fazer atividades da vida cotidiana.
Mas o recomendado são pelo
menos 15 dias devido aos sangramentos que se sucedem nos dias posteriores ao
parto.
A cesariana é uma
cirurgia, por isso demanda um período maior de recuperação! No mínimo 40 a 60
dias para voltar às primeiras atividades mais leves.
“Depois de 40 dias eu já
estava na academia. Treinando de maneira moderada, é claro. Sem forçar”, disse Gilmara.
Usar roupas de academia ou calça moletom feminina com tecidos leves ajudam a deixar o corpo bem mais confortáveis.
Usar roupas de academia ou calça moletom feminina com tecidos leves ajudam a deixar o corpo bem mais confortáveis.
Rafa, por sua vez, levou
um pouco mais de tempo que Gilmara: “Depois que minha filha nasceu eu só
fui treinar 4 meses depois”, contou.
Recomeçando
as atividades
É importante ressaltar que
o retorno às atividades físicas devem ser lentas e graduais.
Buscar roupas confortáveis
em lojas especializadas de roupas fitness que tenha bermudas masculinas e femininas.
Treinos muito intensos e
prolongados podem acabar prejudicando a amamentação. Por isso pegue leve.
A personal Gilmara Chaves
relata que perdeu muita massa magra, por isso foi difícil retomar as
atividades. A resposta do corpo era lenta e a evolução também.
“Meu treino era de
intensidade moderada, mas eu sentia falta de força e também sofria com a
lentidão de resposta do corpo por conta da perda de massa magra”.
Já o treino de Rafa visava
mais o condicionamento que a própria musculação.
“Eu treinava bastante
aeróbico, jump e pouca musculação. Eu me sentia bem, meu maior objetivo era
perder peso, primeiro”.
Vale salientar que os
exercícios físicos na água como hidroginástica e natação devem ser evitados até
a liberação do obstetra, por cerca de 45 a 60 dias para evitar infecções
uterinas. Até o colo do útero estar totalmente fechado é melhor evitar
exercícios na água.
O personal trainer Fabio
Pasetto (CREF 034971-G/SP) alerta a importância do retorno nesse período ser
lenta e progressiva.
A musculatura do assoalho
pélvico e do abdômen passou por bruscas mudanças, portanto precisam de
estímulos certeiros e não demasiados para retornar ao normal.
Os exercícios de Kegel são
uma excelente opção para fortalecer o assoalho pélvico.
Fabio recomenda um
programa lento para tonificar o abdômen, sem pensar em resultados estéticos
nesse primeiro momento.
O afastamento da
musculatura abdominal, especialmente o reto abdominal, pode levar a uma
diástase para muitas gestantes e seguir por um passo a passo nesse momento pode
ser essencial para fazer o músculo voltar ao normal ou se manter afastado.
Nunca faça nada por conta
própria, consulte sempre um profissional para ajudar, inclusive nesses casos!
Diástase
abdominal
Esse fenômeno acontece
como um processo natural da gravidez, os músculos do reto abdominal se afastam
para dar espaço ao bebê.
Assim, a barriga cresce do
tamanho que precisa para cada gestante. O que não é fisiológico é esse
afastamento se manter após o nascimento do bebê.
O processo normal seria
após algumas semanas ou meses dependendo de cada gestante, quando os músculos
deveriam se aproximar à medida que a barriga vai retornando ao seu
funcionamento anterior.
Mas o que acontece para
várias mães é que o músculo não retorna ao normal mantendo essa diástase que
passa a ser anormal e anti funcional.
Enquanto Rafa Rodrigues
não teve diástase, Gilmara não teve tanta sorte: “A minha é pequena, cerca
de 2 cm. Nada de mais”, disse.
A puérpera (nome técnico
que se dá à mulher que deu à luz) deve tomar muito cuidado, alguns exercícios
como abdominais tradicionais ou pranchas podem aumentar a diástase.
Pasetto recomenda a
avaliação e o acompanhamento de um profissional para auxiliar no passo a passo,
mas existe uma progressão simples de 3 passos para quem tem a diástase:
Essa progressão deve ser
feita deitada no chão, flexione os joelhos e coloque a sola dos pés no chão.
·
1º passo: 1ª
e 2ª semana – todos os dias – Realize uma respiração diafragmática mais
profunda e ao expirar o ar prolongue por cerca de 5 a 10 segundos com uma
contração abdominal voluntária. Fazer duas séries.
·
2º passo: 3ª
e 4ª semana – todos os dias – Faça o mesmo segurando 10 a 20 segundos e
pensando que sua musculatura abdominal é a parede de um elevador e ela vai se
fechar. Fazer 3 séries.
·
3º passo: 5ª
a 8ª semana – 3x por semana – Faça o mesmo, tirando a cabeça e as escápulas do
chão – flexionando a coluna (como um abdominal tradicional). Fazer de 3 a 4
séries
Após esse período a
diástase deve estar pouco melhor e lentamente pode ir associado alguns
abdominais que não forcem a diástase.
Paciência
é a chave
É o que é sempre dito.
Paciência é o principal ponto da musculação. Talvez para tudo na vida. As
coisas não caem do céu.
Na musculação não muda. A
barriga trincada, a perna torneada não surge da noite para o dia.
Tudo é fruto de muito
trabalho, disciplina. E após uma gravidez é a mesma coisa, só que o cuidado é
redobrado, pois se trata de duas vidas, agora.
Gilmara e Rafa só foram
perceber bons resultados um bom tempo depois de voltarem a treinar.
Gilmara, por exemplo, só
foi sentir os resultados 5 meses depois de voltar a treinar. Já Rafa só depois
de um ano, já que seu objetivo antes de mais nada era perder peso.
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